terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Blog atualizado. Mais informação pra você.

Olá,
Atualizamos o BLOG para deixar você leitor cada vez mais inteirado do processo de caminhada de nosso projeto que vai de vento em polpa. Pedimos desculpas pela demora na atualização, ainda estamos nesse processo de atualizar, mas esperamos que todos aprecie nosso blog.

Abraços.

domingo, 14 de abril de 2013

Pesquisa: Educação e o Governo da Infância Procedimentos Estéticos e Eticos no Cinema

                                                                                                Coordenação profª. Dr. Luiza Monteiro

  A pesquisa visa desenvolver estudo de análise de filmes na busca de perceber as formas de “governo da infância” (Foucault, 2008) e suas vicissitudes presentes no cinema, bem como seus procedimentos éticos estéticos. Tratar as concepções de infância e as práticas educativas representadas pelo cinema, a partir do conceito de “governo da conduta infância” possibilita uma abordagem dos procedimentos éticos e estéticos presente na filmografia, que de conta de analisar tanto os aspectos negativos como positivos das práticas educativas recortadas pelo olhar dos produtores e diretores das produções cinematográficas.  Possibilita, em uma mesma pesquisa, aprofundar a critica acerca da violência contra infância e a adolescência articulada aos contextos sociais e culturais da contemporaneidade, e, ao mesmo tempo, apreender as contribuições do cinema no sentido de possibilitar uma formação ética e estética da criança e do adolescente, uma vez que o cinema pode ser entendido como um campo de produção, reprodução e ressignificação do sujeito, a partir da “técnica” dos cortes, recortes e montagens das linguagens de representações sobre a realidade
Ressalta-se o papel formador da experiência estética na educação do indivíduo. Acredita-se que a relevância deste trabalho radica na proposta interdisciplinar, integradora e critica de diferentes saberes, que permite buscar nas práticas de pesquisa e educativas tanto os fatores científicos, como estéticos e éticos – por meio da articulação educação e cinema - os quais contribuem para uma formação docente, que produza como efeito a reflexão e a  promoção de práticas educativas, que contribua na prevenção dos efeitos de uma formação da criança e do adolescente atravessada por práticas sociais autoritárias e violentas. De tal maneira que, uma proposta interdisciplinar a partir da estética cinematográfica e da ética presente nos filmes e nos textos, permitirá restaurar o diálogo entre os conhecimentos sociológicos, filosóficos, históricos etc., sobre as vicissitudades da infância produzidas pela cultura adulta e um entendimento da criança e do adolescente como sujeitos de direitos, em fase de desenvolvimento, cuja formação representa os efeitos da socialização/educação dessa cultura, tendo o adulto como agente fundamental.  Esta abordagem possibilita aos educadores de modo geral  refletir e ressignificar  as práticas educativas e compreender  os modos históricos de governo da conduta dos infantes. Compreende-se o conceito de sujeito de dois modos: o sujeito de direitos como propõe o Estatuto da Criança e do Adolescente Lei 8.069/90; mas também a criança e o adolescente como sujeito sujeitado, por ser eles ponto de aplicação de técnicas e disciplinas normativas, sem, no entanto usufruírem, da condição de sujeitos soberanos como aponta Foucault (2005). O cinema além de ser uma forma de criação artística, de fruição estética e de veiculação de afetos e valores, ela é, também, um modo de olhar o mundo, que o organiza a partir do movimento das imagens cinematográficas compostas de memórias, ideias, filosofias, estética, ética, poética, existencial, etc. por meios das quais se compreende e se dá sentido às coisas, assim como se as ressignificam e expressam, segundo Teixeira & Lopes (2008).
São diversas as definições de cinema e do seu papel na sociedade. A Polêmica se estabelece desde aqueles que compreendem o cinema como arte àqueles que o pensam como indústria cultural e como mercado do entretenimento (BENJAMIN, 1994). Outras leituras o vêm como agente da história (FERRO, 2010) e como representação social (STAM, 2003).  Este último autor, por exemplo, fala da importância dos pesquisadores e do próprio cinema incorporar a historicidade em suas visões de mundo, como um meio de se apreender a ética contemporânea, cuja base é o respeito e a valorização da diversidade cultural (STAM, 2003). A par das diferenças e da polissemia de sentidos, o cinema se constitui como meio, movimentando a literatura, a pintura, a música, a escultura, a fotografia, a arquitetura, enfim, a arte e a técnica de um modo geral, revelando um potencial estético e ético, ao recortar as diversas narrativas e constituir seu “próprio discurso” por meio de uma bricolagem de linguagens e sentidos. Segundo Stam (2003), no sentido da produção do conhecimento o cinema foi vinculado, por diversos autores, ao modernismo artístico e ao impressionismo como projeto de desafio à percepção e ao entendimento, bem como de vinculação do cinema à arte.
Os sentidos de arte dados ao cinema vão desde a estilização da vida, possibilitada pela tecnologia, a uma analogia com uma sinfonia musical para a significação do cinema como “sinfonia visual”, “a única arte verdadeiramente moderna” (DULAC apud STAM, 2003).
O cinema, arte da visão, assim como a música é uma arte da audição deveria nos conduzir a uma ideia visual constituída de vida e movimento, à concepção de uma arte do olho, transformada em uma inspiração perceptiva que se desenvolve em sua continuidade e que atinge, assim como a música, nossos pensamentos e sentimentos (DULAC apud STAM, 2003. P.51).
Por fim, o movimento e o ritmo compunha a essência da expressão cinematográfica. Abel Gance (1927, apud STAM, 2003,p.51) afirma que “o cinema dotaria os seres humanos de uma nova consciência cinestética: os espectadores ‘ouvirão com os olhos. Prefigurando a visão epifânica do cinema.” Os close-up, produziriam a impressão de uma eterna e evanescente beleza, algo que transcende a arte e a própria vida. Talvez o que se poderia pensar como estética e epifania da existência, efeitos do desejo de superação do real fatídico, tão desejado pelo homem na busca de uma transcendência ao icomodativo.   
 
 

 

segunda-feira, 25 de março de 2013

"O cineasta não deve fazer só filme, ele deve se interrogar sobre a sociedade em que vive." (Jean-Jacques Beineix)