segunda-feira, 16 de maio de 2016

Filme : Os sinos de Anya (Anya's Bell)



Ficha técnica:
Título Original: Anya's Bell (Os sinos de Anya)
Gênero:Drama
Direção:Tom McLoughlin
Roteiro:David Alexander
Música: Lee Holdridge
Ano:1999
País: Estados Unidos
Duração: 97 min
Tema(s) do filme: Amizade, Dislexia, Deficiência visual

Sinopse:
No tempo em que a dislexia era pouco conhecida, Scott enfrenta sérios problemas. O menino, portador do transtorno de aprendizagem, passa por diversas situações constrangedora, sendo rotulado como “burro” ou incapaz. A professora, que usa uma abordagem pouco educativa, humilha-o perante aos colegas, abrindo espaço para que os mesmos também assim o desconsiderem. A mãe, que é mãe solteira em uma época na qual a sociedade reprovava tal condição, tinha sido expulsa de casa, e, lutava para sobreviver e dar educação para o filho. O menino, por sua vez, tentava esconder suas dificuldades, para não decepcionar a mãe. Aos poucos, ele se convence de ser incapaz de aprender, de fazer amigos, de ser “normal”. A mãe, sem recurso e possibilidade de compreensão do seu problema real, sente-se desencorajada, assustada e perdida diante da forma como a professora considera o problema. É nesse momento doloroso que Scott conhece Anya, uma senhora cega, que restrita ao espaço de seu lar, encontra-se em luto e em luta para não ser colocada em um azilo. Desde a morte de sua mãe, Anya se tornou preocupação para o advogado da família, que não vê outra alternativa a não ser cumprir o desejo de sua mãe, de interná-la em um asilo, Anya lida com sua solidão colecionando sinos . Quando ambos se conhecem, tornam-se incentivadores um do outro, aprendendo, através da troca de afeto, a ampliar o próprio potencial. A relação deles é baseada na confiança, se desenvolvendo no cuidado, carinho e atenção. A relação se torna terapêutica, a medida que ambos estão atentos para as necessidades reais, um do outro, e, de si mesmos.
O filme é um drama doce, tocante e inspirador, que revela o quanto o interesse no ser humano pode fazer com que a diferença seja realmente algo precioso para nós o que há de humano em cada ser. A amizade dá asas aos personagens, que ganham força para fazerem voos mais altos. Não é um filme sobre a cegueira nem sobre a dislexia, embora apresente as dificuldades enfrentadas em ambos os casos. A ignorância e o receio da sociedade em acolher o que é diferente me parece ser o tema central do filme, que encanta e inspira o respeito que todos deveríamos ter com tudo aquilo que não conhecemos. Parece que o tema é bem atual, pois ainda que a dislexia seja um assunto mais facilmente explorado, por exemplo em vários sites, muitas escolas ainda permitem que os alunos sofram bullying, sejam rotulados e até desqualificados por professores e agentes educacionais. A diferença permanece um tema a ser rechaçado por aqueles que são incapazes de perceber a própria singularidade.
            O que podemos notar é que os planos usados neste filme são longos e seqüenciais, pois acompanha bem os personagens e não contem muitos cortes.
O filme tem o poder de despertar emoções em algumas cenas que citaremos a seguir:
 Tristeza: No momento em que Scott é taxado como burro, quando descobrimos que a mãe dele foi expulsa de casa por ter ficado grávida, e o que mais nos tocou foi a morte de anya e ele sai desesperado na bicicleta.
Alegria: Quando Anya consegue atravessar a rua sozinha, quando Scott consegue ler em Braille e ele confirma que não é incapaz de aprender, outra cena que desperta alegria é quando ele encontra os avós.
Medo: Por pensar que podia acontecer algo com Anya fosse atravessar a rua
Raiva: Quando a professora humilhava scott
Surpresa: Quando Anya morre
Compaixão:  Vendo que mesmo com uma diferença grande de idades os dois se ajudavam o tempo todo, o que nos faz refletir sobre fazer o bem para as pessoas que as vezes só precisam ser enxergadas com olhos de compaixão, aprendemos que por mais diferentes que as pessoas sejam elas tem singularidades, assim sendo tem qualidades com as quais podemos tirar proveito para nossas vidas, para assim nos tornar pessoas melhores e mais sensíveis.

As trilhas sonoras fazem com que essas emoções sejam despertadas com mais rapidez, já que nosso cérebro associa alguns tipos de musica com determinadas cenas.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

A menina que roubava livros

FICHA TÉCNICA

 Filme: A menina que roubava livros
Gênero: Drama,
Guerra Duração: 131 min.
Origem: Estados Unidos, Alemanha.
Direção: Brian Percival
Roteiro: Markus Zusak, Michael Petroni
Ano: 2014

SINOPSE CRÍTICA

 O filme conta a história de uma garotinha chamada Liesel (Sophie Nélisse) que vive os dramas de uma época marcada pela guerra e perseguições nazistas na Alemanha. O filme é narrado, provavelmente, pela morte, um observador externo e que simpatiza-se pela menina, por causa de sua intensa luta pela sobrevivência. Perseguida por ser comunista, a mãe de Liesel entrega a menina e seu irmão para adoção, o que era comum nesta época, pois o objetivo era separar as crianças das famílias comunistas e/ou judias, oferecendo aos pais adotivos mesadas para criar as crianças. De trem, a mãe de Liesel a leva junto com seu irmão, para a cidade de Molching na Alemanha para conhecer seus novos pais. Durante a viagem, o irmão de Liesel morre, e precisa ser enterrado nas margens do trilho. Neste momento, a câmera foca no rosto da menina (primeiro plano) transparecendo claramente em meio às lágrimas seu sofrimento e desespero. No enterro, o coveiro, deixa cair seu manual, a câmera enquadra no objeto (plano detalhe), deixando a entender que algo importante iria acontecer na sequência. E é neste momento que a menina rouba o primeiro livro, dando inicio ao filme. O primeiro livro roubado, pela garota, foi no intuito de recordar-se daquele momento doloroso de perda, uma vez que Liesel nem sabia ler, entretanto acolhe aquele objeto com muita segurança e conforto. Liesel é entregue aos novos pais, Hans e Rosa, um casal já idoso. Os primeiros dias na casa dos pais adotivos foram bastante assustadores para a menina, já que sua mãe era rígida e fria, no entanto, seu pai Hans era paciente e bondoso. No primeiro dia de aula Liesel, fez uma grande amizade com o garotinho Rudy, o qual se tornou um verdadeiro companheiro e cumplice da menina. A garota sofreu humilhações na escola por não saber ler, foi ai, que seu pai Hans a ensinou a amar os livros e a leitura, sendo “o manual do coveiro” o primeiro livro a ser lido pela menina, ela lia e relia varias vezes o mesmo livro com entusiasmo. Certa noite, na praça foram queimados milhares de livros em homenagem a Hitler, nesta época tudo que fosse crítico ou desviasse os padrões nazistas eram destruídos. O povo era convencido de que a literatura precisava ser purificada, portanto no final da cerimônia, Liesel rouba as escondidas em meio às cinzas, o segundo livro. A família de Liesel abrigou, em sua casa um homem chamado Max que fugia dos nazistas pelo fato de ser Judeu. Max foi tornando-se amado por todos e Liesel, o considerava “parte da família”, o rapaz, tornou-se um grande incentivador da garota para com a leitura. Liesel conheceu a casa do prefeito e ficou deslumbrada com a gigante biblioteca, às escondidas a mulher do prefeito, disse que Liesel podia voltar sempre que desejasse. Um dia a menina foi pega na biblioteca e impedida de voltar, e mesmo assim, ela volta e rouba alguns livros. Para Liesel e Max, as palavras e a imaginação os tornavam vivos em meio ao sofrimento da guerra. No natal, Max presenteia Liesel com um livro e para a surpresa da menina o livro estava com as folhas limpas, ao ser questionado, o rapaz incentiva a menina a preenchê-lo. Max, então precisa ir embora para longe, esconder-se em um lugar mais seguro e Liesel fica muito triste. Certo dia, a cidade é bombardeada e todos morrem, Hans, Rosa, Rudy e apenas Liesel sobrevive. A menina desesperada encontra-se em meio aos destroços, um livro, ela agarra-o e acha forças para continuar vivendo. Liesel é adotada novamente e tempos depois reencontra Max, viveu 90 anos e graças às sementes plantadas por Hans e Max, torna-se uma grande escritora, capaz de encantar muitas pessoas com suas histórias. O filme retrata a história de uma menina que encontrou na literatura a esperança e a força para continuar a viver, durante um contexto de sofrimento, causado pela II Guerra Mundial.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Curta Metragem "VIDA MARIA"



Assista agora em: 
Sinopse:
" Maria José, uma menina de 5 anos de idade, é levada a largar os estudos para trabalhar. Enquanto trabalha, ela cresce, casa, tem filhos, envelhece.
"VIDA MARIA" é um projeto premiado no "3o. PRÊMIO CEARÁ DE CINEMA E VÍDEO", realizado pelo Governo do Estado do Ceará.
Produzido em computação gráfica 3D e finalizado em 35mm, o curta-metragem mostra personagens e cenários modelados com texturas e cores pesquisadas e capturadas no Sertão Cearense, no Nordeste do Brasil, criando uma atmosfera realista e humanizada."
Ficha técnica
Produção: Joelma Ramos, Márcio Ramos
Edição: Márcio Ramos
Direção de Arte: Márcio Ramos
Edição de som: Márcio Ramos
Gênero: Animação
Diretor: Márcio Ramos
Duração: 9 min Ano: 2006
País: Brasil Local de Produção: CE
A animação recebeu diversos prêmios:
10 Melhores Curtas Brasileiros do Público no Festival Internacional de Curtas de São Paulo em 2007
2º Lugar - Melhor Animação Brasileira no Anima Mundi em 2007
2º Lugar - Melhor Primeira Obra no Anima Mundi em 2007
Melhor Animação no FAM - Florianópolis em 2007
Melhor Animação no FestCine Amazônia em 2007
Melhor Animação no Festival de Cinema e Vídeo de Santa Cruz das Palmeiras em 2008
Melhor Animação no Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano em 2007
Melhor Animação no Tudo sobre Mulheres em 2007
Melhor Animação Internacional no FeSanCor - Festival Chileno Internacional del Cortometraje de Santiago em 2007
Melhor Curta Brasileiro - Fundação Demócrito Rocha no Cine Ceará em 2007
Melhor Curta Metragem Hispano-Brasileiro no Festival Premis Tirant em 2008
Melhor direção no Festival Guarnicê de Cinema do Maranhão em 2007
Melhor Filme no Amazonas Film Festival em 2007
Melhor Filme no Cine Ceará em 2007
Melhor Filme no Cine PE em 2007
Melhor Filme no Curta Canoa em 2007
Melhor Filme no ENTRETODOS - Festival de Curtas-Metragem de Direitos Humanos em 2007
Melhor Filme no Festival de Atibaia Internacional do Audiovisual em 2008
Melhor Filme no Festival de Cinema na Floresta em 2008
Melhor Filme no Festival de Cuiabá em 2007
Melhor Filme no Festival do Paraná de Cinema Brasileiro e Latino em 2007
Melhor Filme no Jornada Internacional de Cinema da Bahia em 2007
Melhor Filme - Júri Popular no Curta Lençóis - Festival Regional de Cine-Vídeo nos Lençóis Maranhenses em 2008
Melhor Filme - Júri Popular no Festival de Cuiabá em 2007
Melhor Filme - Júri Popular no Mostra de Cinema de Tiradentes em 2007
Melhor Filme - Júri Popular no Primeiro Plano - Festival de Cinema de Juiz de Fora em 2007
Melhor Filme - Júri Popular no Vitória Cine Vídeo em 2007
Melhor Filme Animação no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro em 2008
Melhor Filme Nordestino no Curta-se - Festival Luso-Brasileiro de Curtas Metragens de Sergipe em 2007
Melhor Roteiro no Cine PE em 2007
Melhor Roteiro no Granimado Festival Brasileiro de Animação em 2007
Melhor Trilha Sonora no Cine PE em 2007
Melhor Trilha Sonora no Granimado Festival Brasileiro de Animação em 2007
Menção Honrosa no Curta Lençóis - Festival Regional de Cine-Vídeo nos Lençóis Maranhenses em 2008
Menção Honrosa de Melhor Curta Internacional no Cleveland International Film Festival em 2007
Prêmio ABD e C no Curta Cinema em 2006
Prêmio aquisição Canal Brasil no Cine Ceará em 2007
Prêmio BNB de Cinema no Cine Ceará em 2007
Prêmio BNB de Cinema no Cine PE em 2007
Prêmio BNB de Cinema no Curta-se - Festival Luso-Brasileiro de Curtas Metragens de Sergipe em 2007
Prêmio da Crítica no Cine PE em 2007
Prêmio Especial no Anima Mundi em 2007
Prêmio Especial do Júri no FIC BRASILIA - Festival Internacional de Cinema de Brasília em 2007
Prêmio Unibanco de Cinema no Festival Internacional de Curtas de São Paulo em 2007

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

A Cor do Paraíso

Título original: The Color of Paradise
Gênero: Drama
Direção: Majid Majidii
Roteiro: Majid Majidi
Elenco: Elham Sharifi, Farahnaz Safari, Hossein Mahjoob, Mohsen Ramezani, Salime Feizi
Produção: Mehdi Karimi
Fotografia: Mohammad Davudi
Trilha Sonora: Keivan Jahanshahi
Duração: 90 min.
Ano: 1999


A Cor do Paraíso
O filme relata a história de Mohammad, um menino cego que estuda em um colégio interno específico para garotos portadores dessa deficiência. Com a chegada das férias os alunos retornam para casa, seu pai, Hashem é o ultimo a chegar.  Depois de uma longa conversa com o professor o pai contra sua vontade resolve levar o garoto para casa, planejando mantê-lo oculto de sua vizinhança, temendo que a presença de um filho cego pudesse atrapalhar seu casamento que estava prestes a acontecer.
O garoto é muito bem acolhido pela sua avó e irmãs. Ele deseja ir a escola com as irmãs, mas seu pai o proíbe. Devido sua tristeza a avó decide leva-lo, lá se mostra mais avançado nos estudos que as demais crianças. Seu pai percebendo que não conseguiria escondê-lo, o leva para morar com um carpinteiro também cego.
 A avó entra em uma profunda tristeza e falece, a família da noiva diz que a morte é um mau presságio por isso rompe o compromisso.

Percebendo o caos que cerca sua família o pai decide buscar seu filho, porém ao voltar para casa o menino se desiquilibra e cai de uma ponte, o pai pensa por alguns segundos se deve ou não salvar o menino, e se atira atrás do garoto sem sucesso, os dois acabam em uma praia. O pai em desespero pega a criança inerte no colo, uma luz paira sobre a mão do garoto que começa a mexer com os dedos, assim o filme termina deixando várias possibilidades de interpretação.